Com um ponto de partida deliberadamente provocatório, este ensaio serve de desafio às leitoras para tomarem consciência das limitações que lhes são impostas por um sistema desigual e discriminatório, e aos leitores para se juntarem à sua luta pela igualdade, a bem da dignidade humana de todas e todos.
«(…) Poucas coisas são mais cansativas do que ver um homem colher louros desproporcionados em troca de esforços minúsculos, ao passo que as mulheres ainda são sujeitas a padrões impossíveis, que fazem delas eternas perdedoras. Não podemos mais permitir-nos lisonjear os homens por coisas tão tristemente banais como sair mais cedo do trabalho para ir buscar um filho à escola», pode-se ler nas primeiras páginas do livro.
Detesto os Homens é «um livro delicioso», como o caracterizou Roxane Gay, e também libertador, advogando a luta por uma misandria não como discurso de ódio, mas como crítica construtiva da masculinidade tóxica, convidando a uma reflexão acerca dos pepéis que todas e todos assumimos, e a um combate, lado a lado, de mulheres e homens, pela verdadeira igualdade de género.