O Clube de Cinema
Quando o seu filho Jesse tinha 15 anos, David Gilmour tomou uma
decisão que muitos pais e educadores considerariam radical: deixou o
filho desistir da escola. Esta decisão, contudo, não teve nada de
simples ou fácil. Ao ver o filho debater-se com a falta de motivação e
as dificuldades em estudar, concentrar-se e ter notas positivas, David
Gilmour percebeu que talvez a escola não fosse o ambiente ideal de
aprendizagem para o filho - e que as probabilidades de que ele não
acabasse o liceu eram elevadas. Assim, permitiu que deixasse a escola;
em contrapartida, exigiu que o filho adquirisse com o pai (um notável
crítico de cinema) alguma forma de educação alternativa para a vida,
o amor e o crescimento pessoal. A condição para o filho deixar a
escola era passar três noites por semana a ver um filme com o pai -
aquilo a que chamaram O Clube de Cinema. b
O que se segue é um percurso de aprendizagem e formação invulgar,
rico e comovente. Na companhia do pai - e através de filmes que
vão desde Os 400 Golpes, de François Truffaut, a Instinto Fatal, de
Paul Verhoeven, de Crimes e Escapadelas, de Woody Allen, a Há
Lodo no Cais, de Elia Kazan - Jesse aprende poderosas lições acerca
dos valores humanos e do sentido da vida. E David aprende aquilo
de que tantos pais se apercebem demasiado tarde: que cada momento
passado com o filho é uma oportunidade de crescimento para ambos.
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