O aumento da esperança de vida tem provocado mudanças rápidas na composição etária da população. Ao mesmo tempo, os cultos da beleza e do corpo contaminam o discurso público e acentuam sentimentos de inadequação. Vivemos numa verdadeira sociedade anti-aging, que promete a juventude eterna e a retardação do envelhecimento em forma de dieta, creme ou procedimento estético. Por isso, os desafios do envelhecimento são particularmente preocupantes, especialmente em países com uma maior percentagem de pessoas idosas, onde muitas instituições recusam uma cultura de inclusão.
Em Envelhecer como Buda, Tsering Paldron revisita os ensinamentos da tradição budista para refletir sobre os desafios práticos e emocionais desta etapa da vida, sem negar as suas dificuldades, mas apontando para a possibilidade de um envelhecimento consciente e pleno. A autora acredita ainda que o verdadeiro valor de cada indivíduo transcende a aparência e a produtividade, pelo que a experiência, a sabedoria e a reconciliação são os únicos valores que resistem à passagem do tempo.